Bebês prematuros: causas, cuidados e como evitar
Tudo que você precisa saber sobre a prematuridade
Novembro Roxo é o mês de conscientização acerca da prematuridade e não é para menos: aproximadamente 15 milhões de bebês nascem prematuros anualmente em todo o mundo. No Brasil, a cada 10 crianças , uma delas nasce antes do período ideal.
Apesar dos bebês prematuros serem biologicamente mais vulneráveis que os bebês que nascem a termo, a prematuridade é uma condição comum e, com os cuidados necessários, é mais do que possível garantir que essas crianças se desenvolvam de forma saudável e tenham uma vida longa e feliz.
A partir de quantas semanas o bebê é classificado como prematuro?
Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes de completar 37 semanas de gestação. A gestação normal dura, em média, 40 semanas. Os bebês podem ser classificados em diferentes categorias de prematuridade de acordo com dados da OMS:
- Extremamente prematuro: menos de 28 semanas de gestação;
- Muito prematuro: 28 a 32 semanas de gestação;
- Prematuro moderado a tardio: 32 a 37 semanas de gestação.
Quais são as características de um bebê prematuro?
Os bebês prematuros podem apresentar algumas características que os diferenciam dos recém-nascidos a termo. Esses pequenos geralmente têm um peso menor ao nascer, frequentemente abaixo de 2,5 kg, e podem ter a pele mais fina e translúcida, sendo possível até mesmo enxergar algumas veias. Além disso, o desenvolvimento pulmonar ainda está imaturo, o que os torna mais suscetíveis a dificuldades respiratórias. Também é comum que fiquem a maior parte do tempo de olhos fechados e tenham reflexos lentificados. Por conta dessas características, eles precisarão de cuidados médicos especiais logo após o nascimento para garantir sua saúde e bem-estar.
O que pode causar a prematuridade?
A gestação é um período extremamente delicado para a mulher, cujo corpo exige diversos cuidados para conseguir gerar uma nova vida. Quando esses cuidados são ignorados, uma das possíveis consequências é a prematuridade. Algumas das causas mais comuns são:
- Infecções durante a gravidez;
- Insuficiência istmocervical, que resulta na abertura do colo do útero;
- Colo do útero encurtado;
- Histórico de partos prematuros anteriores;
- Ruptura precoce da bolsa amniótica;
- Uso de tabaco;
- Presença de miomas;
- Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos, etc.);
- Descolamento prematuro da placenta;
- Diabetes gestacional;
- Pré-eclâmpsia, caracterizada pelo aumento da pressão arterial na gestação;
- Condições clínicas da mãe ou do bebê que requerem interrupção antecipada da gestação.
Quais problemas um bebê prematuro pode ter?
Os bebês prematuros podem enfrentar uma série de problemas de saúde ao longo de suas vidas. Dificuldades respiratórias são comuns, pois muitos deles não têm pulmões completamente desenvolvidos, o que pode levar à síndrome do desconforto respiratório.
Também podem ter problemas de alimentação, uma vez que seus sistemas digestivos são imaturos, o que dificulta a amamentação. Além disso, o sistema imunológico desses bebês é menos robusto, tornando-os mais vulneráveis a infecções. Em algumas situações, esses desafios podem resultar em complicações a longo prazo, como dificuldades no desenvolvimento motor e cognitivo.
Para minimizar o risco de prematuridade, é fundamental que as gestantes tenham acesso a cuidados pré-natais adequados. Consultas regulares ao médico ajudam a identificar e tratar problemas de saúde que possam comprometer a gestação. Uma alimentação saudável e equilibrada, além da prática de técnicas de relaxamento para controlar o estresse, são igualmente importantes.
Chegou a hora de ir para casa! Quais cuidados é preciso ter?
A hora de ir para casa é um momento muito esperado pelas mamães e pelos papais, mas o cuidado não pode parar por aí. Aqui estão alguns dos principais pontos que cuidadores devem prestar atenção no dia a dia com seus pequenos:
- Acompanhamento médico regular: mantenha consultas frequentes com o pediatra e siga todas as recomendações médicas. O acompanhamento próximo é fundamental para monitorar o desenvolvimento e identificar possíveis problemas precoces.
- Ambiente seguro e tranquilo: crie um ambiente calmo, com temperatura adequada e livre de ruídos excessivos. O bebê prematuro é sensível a estímulos e precisa de um espaço tranquilo para se desenvolver.
- Amamentação e alimentação: o aleitamento materno é altamente recomendado, mas pode ser necessário usar fórmulas específicas se o bebê tiver dificuldades para mamar. Consulte o pediatra sobre a melhor forma de alimentação para o seu filho.
- Cuidados com a higiene: lave as mãos antes de manusear o bebê, e mantenha o ambiente limpo. Isso ajuda a prevenir infecções, uma vez que o sistema imunológico do bebê prematuro ainda está em desenvolvimento.
- Monitoramento da temperatura: os bebês prematuros podem ter dificuldade em regular a temperatura corporal. Certifique-se de que o bebê esteja bem agasalhado e utilize um termômetro para monitorar a temperatura.
- Atenção aos sinais de alerta: fique atento a sinais de problemas, como dificuldades respiratórias, letargia, alimentação inadequada ou febre. Se notar qualquer mudança preocupante, entre em contato com o pediatra imediatamente.
- Vacinação: mantenha a vacinação em dia, conforme as orientações do pediatra, para proteger o bebê de doenças infecciosas.
- Limitação de visitantes: durante os primeiros meses, considere limitar o número de visitantes para proteger o bebê de infecções e garantir um ambiente tranquilo.
- Apoio emocional: o período após a alta é muito desafiador. Busque apoio emocional de familiares e amigos, e não hesite em procurar grupos de apoio ou profissionais, se necessário.
- Desenvolvimento e estimulação: proporcione estímulos adequados ao desenvolvimento do bebê, como falar, cantar e brincar de forma suave, respeitando os limites dele.
Em suma, a prematuridade é uma condição que requer atenção e cuidados especiais. A conscientização sobre as causas e os riscos associados aos bebês prematuros é essencial para garantir que essas crianças tenham um desenvolvimento saudável. Ao adotar medidas preventivas e promover um ambiente de apoio, é possível oferecer um início de vida melhor para os bebês que chegam ao mundo antes do tempo esperado.